quinta-feira, 3 de novembro de 2011

“A LUTA PELA PAZ DEVE ESTIMULAR DE MODO NOVO TODOS NÓS!”



Como se encontra hoje a causa da paz? - Bento XVI colocou perante os cerca de 300 convidados, representantes das religiões do mundo, esta pergunta: “Como se encontra hoje a causa da paz?” “Naquele momento, 25 anos atrás, disse o Papa, a grande ameaça para a paz no mundo provinha da divisão da terra em dois blocos contrapostos entre si. O símbolo saliente daquela divisão era o muro de Berlim que, atravessando a cidade, traçava a fronteira entre dois mundos. Em 1989, três anos depois do encontro em Assis, o muro caiu, sem derramamento de sangue. Inesperadamente, os enormes arsenais, que estavam por detrás do muro, deixaram de ter qualquer significado...
 
E o mundo prossegue cheio de discórdia! - Bento XVI continuou afirmando: “Infelizmente, não podemos dizer que desde então a situação se caracterize por liberdade e paz. Embora a ameaça da grande guerra não se aviste no horizonte, todavia o mundo está, infelizmente, cheio de discórdias”. Então o Papa falou sobre o terrorismo, e deste ressaltou a motivação religiosa que, muitas vezes, serve como justificativa para o que o classificou de “crueldade monstruosa, que crê poder anular as regras do direito por causa do “bem” pretendido”. “Aqui a religião não está ao serviço da paz, mas da justificação da violência”. E acrescentou: “o que os representantes das religiões congregados no ano 1986, em Assis, pretenderam dizer, e nós o repetimos com vigor e grande firmeza, era que esta não é a verdadeira natureza da religião. Ao contrário, é a sua deturpação e contribui para a sua destruição”.
 
Sementes que gerem Paz! - Um após o outro, os líderes se comprometeram a jamais se resignar às guerras e a respeitar a Regra de ouro: "Faça ao outro o que gostaria que fosse feito a você". Bento XVI repetiu exatamente o apelo feito por João Paulo II, no encontro de 25 anos atrás: "Nunca mais a violência! Nunca mais a guerra! Nunca mais o terrorismo!".
No ato conclusivo da Jornada, os representantes das religiões mundiais renovaram, juntos, o compromisso pela paz. Juntos, cada um vestido com suas roupas tradicionais, deram cor a um dia cinzento em Assis, onde somente no final um tímido sol apareceu.
“Como os pássaros, que ao se nutrirem dos frutos espalham as sementes por onde passam, agora os chefes das delegações deixam Assis com essa mesma incumbência: espalhar onde vivem e atuam as sementes do “espírito de Assis”.
Bento XVI concluiu saudando a cada um com as palavras de São Francisco: “O Senhor lhe dê a paz”.




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