Existem
diagnósticos cruéis que lançam a pessoa no desespero. Neles se toma a parte
pelo todo. Bastam alguns problemas no organismo, em que tantas coisas funcionam
bem, para que se anuncie o mais tenebroso dos futuros. Assim são muitos
diagnósticos que fazemos sobre a sociedade, sobre a política, sobre a Igreja,
sobre nossos grupos: diagnósticos cruéis nos quais a parte suplanta o todo.
O
pessimismo nos faz acreditar que o mal que torna violentos, corruptos,
coléricos, invejosos, dependentes etc, é invencível! E, não obstante, está
ferindo de morte pelo Espírito que nos foi dado no batismo, que é o mesmo
Espírito de Deus soprado (Ruah) por Jesus naquele primeiro dia da semana, dia
do Ressuscitado.
Contudo,
o pessimismo deve ser preenchido pelo Espírito de Deus, que está em nós como
potência de vida. Esse Espírito anima a face da terra, penetra até o mais
íntimo do coração dos seres humanos. O Santo Espírito nos faz respirar, viver,
sonhar, amar e criar. O Espírito nos dá amplidão quando estamos no sufoco, nos
convida a crer na cura quando estamos na doença, nos torna criadores quando
estamos em meio ao caos.
Creio
no Espírito Santo, Senhor e doador da vida. Esta confissão de fé não é uma
simples fórmula teológica. É a fé em uma experiência permanente, histórica. Sem
os olhos da fé, o traçado da história mostra-se inquietante e deprimente. Sob o
olhar do Espírito de Deus, que é o mesmo Espírito de Jesus e que é o mesmo
Espírito enviado aos discípulos e que é o mesmo Espírito de nossos tempos, que
conduz a Igreja, o diagnóstico torna-se positivo, isto é, esperançoso e
amoroso.
Assim,
podemos afirmar que o Espírito Santo é a respiração do mundo e da Igreja.
Vivemos graças ao Espírito. E quando uma pessoa cheia de Espírito morre, não
perde o Espírito, exala-o sobre os outros.
Texto:
Pároco Pe. José Luiz Sauer.
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