quinta-feira, 23 de agosto de 2012

Diocese de Criciúma assumirá “diocese irmã”...



O Conselho Diocesano de Pastoral da Diocese de Criciúma se reúne nesta quinta-feira, 23 de agosto, para discutir um dos maiores projetos de dimensão missionária da Igreja Diocesana para os próximos anos. Com a presença de todo o clero diocesano e religioso, além de coordenadores diocesanos de todos os serviços de pastorais e movimentos, a diocese acolhe a visita do Bispo da Prelazia de Cristalândia, pertencente à Província Eclesiástica de Palmas, Tocantins, Dom Rodolfo Luís Weber.

O encontro acontece no salão da Paróquia Nossa Senhora das Graças, no bairro Pinheirinho, em Criciúma, com o objetivo de oficializar o projeto já assumido em outubro de 2011, durante Assembléia Diocesana de Pastoral realizada em Turvo, de assumir uma “diocese irmã”.

A opção por adotar a Prelazia de Cristalândia teve origem no diálogo entre Dom Rodolfo e o bispo Dom Jacinto Inácio Flach, durante a 50ª Assembléia Geral da CNBB, realizada em abril de 2012, em Aparecida (SP). Colegas de seminários, os epíscopos se conhecem há muito tempo. Dom Rodolfo vem à Criciúma a fim de expor a realidade, carências e dificuldades vivenciadas pela Prelazia. “Vamos ouvi-lo e, depois, concretamente, decidiremos como será este trabalho em conjunto. Quando o comuniquei, durante a 50ª Assembléia da CNBB, ele disse que gostaria de vir para cá no momento em que nossa diocese considerasse oportuno. Ficou muito contente com esta decisão”, relata o bispo Dom Jacinto.


A realidade da Prelazia de Cristalândia:

Com um território geográfico 10 vezes maior que o da Diocese de Criciúma, numa superfície de mais de 62 mil km², a Prelazia possui atualmente 16 paróquias e uma população de mais de 200 mil habitantes. Foi criada em 26/03/1956, pelo Papa Pio XII, e como Prelazia, caracteriza-se com semelhança a uma diocese, com maiores condições para que se promova, com eficácia, a ação pastoral.

Está situada entre as regiões Norte e Centro-Oeste do Brasil, abrangendo 4 municípios do Estado de Goiás e 14 municípios e alguns pequenos povoados do Estado de Tocantins. Pastoralmente, inclui a Ilha do Bananal, a maior ilha fluvial do mundo. Grande parte da população é proveniente de outras regiões do Brasil. A maioria fugiu da seca e hoje trabalha em fazendas.

Pela falta de padres, atualmente o bispo dom Rodolfo é também pároco da catedral e pela distância entre as comunidades, necessita passar muitos dias visitando-as. Com poucos seminaristas e anos ainda pela frente, até que novos padres sejam ordenados, precisa com urgência de sacerdotes, sendo que algumas paróquias estão sem padres.

“A princípio, devemos ajudar, sobretudo na parte humana, pois Dom Rodolfo vem com a esperança no coração de conseguir um padre e um seminarista estagiário. Convidei para a reunião os seminaristas de Teologia, porque fazem um ano de estágio antes de serem ordenados. Desejamos que alguém se coloque a serviço, se é para ajudar os outros, que são muito mais carentes que nós, podemos fazer um pequeno sacrifício”, afirma Dom Jacinto.


O projeto:

A iniciativa “diocese irmã” baseia-se no projeto “Igrejas Irmãs”, criado em 1984 pelo Conselho Episcopal Latino Americano, o CELAM. Tem por objetivo principal o comprometimento com uma colaboração missionária mútua, mediante a participação de recursos humanos, financeiros e institucionais.

Alguns padres da Diocese de Criciúma, quando a ação pastoral ainda pertencia à Diocese de Tubarão já participaram de uma iniciativa semelhante, entre 1975 e 1990, num acordo firmado entre a Igreja no Estado de Santa Catarina e a Bahia. Conforme o coordenador da Comissão Missionária Diocesana, Pe. Valdemar Carminatti, “o projeto busca a entre-ajuda, quebrar o individualismo nas comunidades”. Segundo ele, há muito tempo a diocese buscava abraçar o projeto, só faltava à negociação com outra diocese. O projeto já é realidade em algumas dioceses da CNBB Regional Sul 4, como Chapecó, Caçador, Joinville e Florianópolis.

A COMIDI, que tem o papel de incentivar e preparar os missionários de uma diocese, em Criciúma acompanha também o projeto “Paróquias Solidárias”, existente entre as paróquias Santa Bárbara e São Sebastião, Santo Agostinho e Santa Terezinha, São Paulo Apóstolo e Santa Rosa de Lima, e São José e São João Batista (São João do Sul), esta última, também com o projeto “Comunidades Irmãs”.



Fonte: Diocese de Criciúma.

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